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Foto do escritorIza Valadão

Tipos de Tijolos


A escolha do tijolo ideal deve considerar o material com o qual ele é confeccionado, bem como o estilo da peça, resistência térmica, peso e custo. Podem ser de terra crua (adobe), argila cozida (cerâmico), solo estabilizado com cimento (solo-cimento) ou de concreto. A porosidade e desgaste naturais permitem lascas e infiltrações que podem comprometer as paredes, sendo necessária a proteção com argamassa ou resina acrílica, quando ficarem aparentes.


Os tijolos adobe são os tijolos de terra (solo argiloso) crua, que não são cozidos. São os mais antigos, utilizados ao longo da história das civilizações. Os tijolos cerâmicos maciços possuem melhor resistência que os vazados, porém são mais pesados. Muito usados em paredes de divisa (de terreno ou com outra casa). São usados a muitos séculos, assim com o tijolo adobe, que possuem o mesmo visual, mas se diferem por não irem ao forno. Eles são secos ou “cozidos” ao sol e quando bem feitos, resistem muitos séculos.


Já os tijolos cerâmicos são mais leves e baratos, facilmente encontrados e com bom desempenho térmico. Costumam não ter padronização e pouca resistência, gerando muitas quebras, contribuindo com o desperdício e produção de entulho, além de necessitar de cobertura de argamassa para proteção e nivelamento da parede. Com diferentes modelos e variação na quantidade de furos (menor peso), contribuem para o isolamento térmico. Suas ranhuras favorecem a melhor aderência da argamassa. Podem também ser do tipo modular ou ainda podem ter desenhos em se interior, deixando-os com muito espaço para a passagem de ar e luz, os chamados Cobogós.


Os cobogós são peças construtivas de influência árabe que surgiram no nordeste do país durante o movimento modernista, em torno de 1922. A palavra cobogó está associada aos engenheiros que desenvolveram os elementos, de sobrenomes Coimbra, Boeckmann e Góes.


Os confeccionados com concreto são chamados de blocos e possuem melhor padronização, o que diminui o consumo de argamassa e o tempo para assentamento. Podem ser do tipo aparente, já que por serem feitos de cimento, são impermeáveis. No entanto possuem maior peso e desempenho térmico inferior, quando comparados ao cerâmico. O isolamento acústico é bom, devido a maior quantidade de ar em seu interior.


Tijolo de solo-cimento, feito com solo mais argiloso, é considerado ecológico devido às diferenças em seu processo de fabricação, no qual não é queimado, pois o solo é estabilizado pelo cimento. Seu formato é padronizado e do tipo modular, o que dispensa o uso de argamassa no assentamento e acelera a construção. Os furos de seu interior, além de favorecer o isolamento térmico e acústico, permitem a instalação da rede elétrica e hidráulica, minimizando a geração de entulhos. Tem maior resistência mecânica e menor porosidade, podendo ser usado sem revestimento externo, apenas leve camada de resina acrílica.


Existe ainda o tijolo de vidro, que favorecem a entrada de luz, devido sua transparência. Possuem valor elevado, por isso são usados para efeitos estéticos, apenas em locais que exijam iluminação natural. Tem também os refratários, que suportam altas temperaturas, pois são feitos a partir de materiais que diminuem a retração mecânica se expostas ao calor. Ideal para fornos e churrasqueiras.





15 visualizações1 comentário

1 Comment


anapatricia.c.monteiro
Nov 22, 2018

Amei o blog e vou acompanhar de pertinho! Hoje em dia, como habitantes do planeta terra devemos cuidar do que é nosso, e essa alternativa para a diminuição de resíduos é primordial para avançarmos não só no setor da construção civil, mas como cidadão que tem o dever de cuidar do nosso amado planeta. Beijos de luz!

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